Não estamos
disponíveis para assistir ao encerramento desta livraria:
catálogo não-oficial
das edições Sá da Costa

Em 2013, a Livraria Sá da Costa comemorava 100 anos de existência. A 17 de Julho de 2013, o título desta publicação
seria O editor contorcionista – catálogo não-oficial das Edições Sá da Costa.
A 20 de Julho de 2013, após anúncio abrupto do encerramento da Livraria Sá da Costa, passou a
ser Não estamos disponíveis para assistir ao encerramento desta livraria.
Independentemente da sua mudança de estado e de modo, esta publicação é fruto de uma residência – a Repartição de Leitura –, onde as edições Dois Dias leram as Edições Sá da Costa. A única intenção era deixar um rasto: entrar numa livraria secular como se tivesse chegado a um outro país e procurar nele, aproveitando-se das vantagens de se ser estrangeiro, afinidades, conflitos, curiosidades, estranhezas. Como bons funcionários, estivemos por lá, no horário de expediente da livraria. Durante a residência, comprovámos aquilo que para alguns já era uma evidência: o valor de um projecto editorial que desde os primeiros momentos procurou reforçar a educação, num país praticamente iletrado; a liberdade, num país onde esta não existia ou, depois do 25 de Abril, onde dava os primeiros passos; a coragem de enfrentar os esqueletos do armário do pós-guerra colonial quando as feridas ainda estavam bem abertas; ensinar a ciência, a política, a geografia, a filosofia, o desenho, sem paternalismos nem complacências com o que é ser menino; tomar os autores e os livros como primeiro alicerce de uma sociedade. Acreditamos que tudo isto não se perde. Resta-nos decidir se enquanto história, memória, museu ou enquanto futuro.
A residência e a publicação não teriam acontecido sem a valiosa colaboração dos livreiros António, Noémia, Pedro, Salomé e Susana, sem os quais a Livraria Sá da Costa, nos últimos três anos da sua existência, não teria existido e não se teria transformado num projecto viável, entusiasmante e injustamente interrompido.
Independentemente da sua mudança de estado e de modo, esta publicação é fruto de uma residência – a Repartição de Leitura –, onde as edições Dois Dias leram as Edições Sá da Costa. A única intenção era deixar um rasto: entrar numa livraria secular como se tivesse chegado a um outro país e procurar nele, aproveitando-se das vantagens de se ser estrangeiro, afinidades, conflitos, curiosidades, estranhezas. Como bons funcionários, estivemos por lá, no horário de expediente da livraria. Durante a residência, comprovámos aquilo que para alguns já era uma evidência: o valor de um projecto editorial que desde os primeiros momentos procurou reforçar a educação, num país praticamente iletrado; a liberdade, num país onde esta não existia ou, depois do 25 de Abril, onde dava os primeiros passos; a coragem de enfrentar os esqueletos do armário do pós-guerra colonial quando as feridas ainda estavam bem abertas; ensinar a ciência, a política, a geografia, a filosofia, o desenho, sem paternalismos nem complacências com o que é ser menino; tomar os autores e os livros como primeiro alicerce de uma sociedade. Acreditamos que tudo isto não se perde. Resta-nos decidir se enquanto história, memória, museu ou enquanto futuro.
A residência e a publicação não teriam acontecido sem a valiosa colaboração dos livreiros António, Noémia, Pedro, Salomé e Susana, sem os quais a Livraria Sá da Costa, nos últimos três anos da sua existência, não teria existido e não se teria transformado num projecto viável, entusiasmante e injustamente interrompido.
Publicação,
Julho de 2013. Residência, Livraria Sá da Costa, 21-22/06/2013. C/ Rui Almeida Paiva e a valiosa colaboração dos
últimos livreiros da Sá da Costa: António, Noémia, Pedro, Salomé e Susana.
No âmbito das comemorações dos 100 anos da Livraria Sá da Costa (e depois das acções cívicas de protesto ao seu encerramento).
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No âmbito das comemorações dos 100 anos da Livraria Sá da Costa (e depois das acções cívicas de protesto ao seu encerramento).
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