Livro do Meio



A proposta estava enderaçada: a selecção de um
conjunto de publicações recentes para serem apresentadas publicamente. Mas o que é ser recente? Como é que os livros
resistem ao tempo? E acima de tudo, como é que lhes definimos a actualidade?
A meio destes dilemas, procurámos encontrar compromissos entre as «formas do tempo» e as «formas deste nosso tempo». Na intersecção destas formas, procurámos um espaço comum, um livro que mediasse a autonomia de dois discursos, que fosse a soma dos princípios que constituiriam as nossas escolhas. Esse livro é o Palimpsesto de Arquimedes: um livro que foi um tratado científico, um livro de orações e que agora o Google acredita poder ser novamente lido. Como alegoria materializada, o Palimpsesto de Arquimedes fala-nos então de uma reversibilidade do acidente, de uma espécie de verdade que parece resistir a tudo.
A meio destes dilemas, procurámos encontrar compromissos entre as «formas do tempo» e as «formas deste nosso tempo». Na intersecção destas formas, procurámos um espaço comum, um livro que mediasse a autonomia de dois discursos, que fosse a soma dos princípios que constituiriam as nossas escolhas. Esse livro é o Palimpsesto de Arquimedes: um livro que foi um tratado científico, um livro de orações e que agora o Google acredita poder ser novamente lido. Como alegoria materializada, o Palimpsesto de Arquimedes fala-nos então de uma reversibilidade do acidente, de uma espécie de verdade que parece resistir a tudo.