Elogio à hard-drive: edição com objectos vagamente esquecidos
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90% dos
dados existentes foram gerados nos últimos cinco anos. A
nossa capacidade de armazenamento aumenta prodigiosamente, mas a esta não
corresponde uma idêntica capacidade de processamento. Cada hard-drive é um vestígio da superabundância de informação à escala individual, espaço
para onde convergem produção pessoal (imagens, textos, vídeos, etc.) e produção
global (downloads, conteúdos de origem especificada ou anónima). Guardamos algo no nosso computador (através do comando “salvar”), porque a queremos preservar. Mas será que é isso que efetivamente
acontece a uma grande maioria dos dados que gravamos nas nossas hard-drives?
Não estarão a maioria dos nossos ficheiros num limbo existencial — entre o
apagar definitivo (“lixo”) ou a perda eminente pela obsolescência de
computadores, sistemas operativos ou suportes de armazenamento de dados?
Em Elogio à hard-drive, a edição é a garantia de salvaguarda ou resgate da memória, perante a superabundância de conteúdos. As narrativas gráficas geradas a partir da recuperação de conteúdos previamente armazenados correspondem a uma mudança de estado: de conteúdo esquecido, inamovível, parado, congelado, para um conteúdo que é tornado público, que circula. O processo de edição não se baseou nos processos de indexação (mecanismo comum do arquivo), mas a partir de trilhos associativos: um processo que permite a seleção, organização, representação e distribuição do que admitimos ter valor perante tudo o que já existe.
Em Elogio à hard-drive, a edição é a garantia de salvaguarda ou resgate da memória, perante a superabundância de conteúdos. As narrativas gráficas geradas a partir da recuperação de conteúdos previamente armazenados correspondem a uma mudança de estado: de conteúdo esquecido, inamovível, parado, congelado, para um conteúdo que é tornado público, que circula. O processo de edição não se baseou nos processos de indexação (mecanismo comum do arquivo), mas a partir de trilhos associativos: um processo que permite a seleção, organização, representação e distribuição do que admitimos ter valor perante tudo o que já existe.
8 publicações digitais. No âmbito
do convite para ser a autora em residência, da 2.ª edição da revista WrongWrong (publicação online centrada no campo da produção artística contemporânea),
sob o mote Fenda. Julho 2015.
Publicações disponíveis em:
Preâmbulo
Elogio à Hard-drive: edição com objectos vagamente esquecidos
Elogio à Hard-drive #1: encadeamento (P) e colisão (E)
Elogio à Hard-drive #2: um rectângulo formado a partir de...
Elogio à Hard-drive #3: curvas e rectas
Elogio à Hard-drive #4: leitura profana e leitura mágica
Elogio à Hard-drive #5: luta de uma imagem contra outra imagem
Elogio à Hard-drive # 6: à ‘sobrevivência dos pirilampos’
Publicações disponíveis em:
Preâmbulo
Elogio à Hard-drive: edição com objectos vagamente esquecidos
Elogio à Hard-drive #1: encadeamento (P) e colisão (E)
Elogio à Hard-drive #2: um rectângulo formado a partir de...
Elogio à Hard-drive #3: curvas e rectas
Elogio à Hard-drive #4: leitura profana e leitura mágica
Elogio à Hard-drive #5: luta de uma imagem contra outra imagem
Elogio à Hard-drive # 6: à ‘sobrevivência dos pirilampos’












