Edición revisada y aumentada: la edición como género artístico y literario.
A apropriação da expressão «edição
revista e aumentada», do jargão da edição tradicional, apresenta-se como
hipótese para caracterizar uma tipologia de práticas editoriais contemporâneas.
Estas entendem a publicação, em todas as fases, como um espaço de escrita[1],
como processo que nunca se demite da criatividade e da crítica. Estas práticas
são «revistas» porque implicam a problematização de uma prática, por via de uma
atitude exploratória ou crítica, que leva a que os processos e discursos
estejam preparados para uma permanente revisão. E «aumentadas» porque expandem as operações de cada fase de produção
editorial, identificam outros formatos e modelos, confundem
os papéis tradicionais (autor/editor/designer/leitor) e interrogam a edição
enquanto mera mediação dos processos de criação, circulação, recepção ou
leitura. Neste artigo, identificamos alguns dos princípios e fenómenos
emergentes que nos permitem compreender a produção editorial enquanto género
artístico ou literário.
[1] Entendemos «escrita» como forma de representação do pensamento ou do discurso, como processo expansivo de produção de conteúdos não exclusivamente alfabético.
[1] Entendemos «escrita» como forma de representação do pensamento ou do discurso, como processo expansivo de produção de conteúdos não exclusivamente alfabético.
Texto/artigo científico. Publicado em Sobre:
prácticas artísticas y políticas de la edición n.º 2. Garrido, David
Arredondo; Alcaide, Antonio Collados; García, Domingo Campillo e Castellano,
Antonio Zúñiga (eds.). Granada: SOBRE Lab, Universidad de Granada, 2016: pp. 35-46.
Ler versão publicada (Castelhano)
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